Os promotores da Carta Portuguesa para a Diversidade, lançada, há um ano, com o objetivo de combater a discriminação e promover a igualdade no mercado laboral, realizaram esta segunda-feira, dia 22 de maio, no grande Auditório do ISCTE, o primeiro Fórum Nacional para a Diversidade.
A ocasião ficou marcada pela assinatura simbólica desta Carta por mais 18 novos signatários e pelo lançamento do Selo da Diversidade, uma iniciativa do ACM e da agência de publicidade GRAFE, que irá distinguir as organizações com as melhores práticas no reconhecimento, respeito e valorização da diversidade no local de trabalho. As candidaturas já estão abertas e irão decorrer até ao dia 22 de julho de 2017. A cerimónia de atribuição está marcada para o dia 10 de novembro.
A apresentação do novo logotipo da Carta Portuguesa da Diversidade foi outro dos pontos altos deste evento, em que estiveram presentes a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, a Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e o Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado.
Recorde-se que esta Carta Portuguesa Para a Diversidade inclui medidas concretas para promover a diversidade e a igualdade de oportunidades no trabalho, independentemente da origem étnica e social, orientação sexual, género, idade, caraterísticas físicas, estilo pessoal e religião. Com os novos signatários, são já 133 as organizações comprometidas nesta matéria.
A Carta para a Diversidade, Iniciativa da União Europeia (UE), tem sido adaptada pelos países-membros da UE às suas realidades.
“Este é um trabalho extraordinário”
Após um ano desde o seu lançamento, em março de 2015, a Carta Portuguesa para a Diversidade tem envolvido as empresas e organizações em torno do debate sobre a diversidade e a inclusão em Portugal, desenvolvendo esforços concretos em prol da sua valorização no mercado de trabalho. “Este é um trabalho extraordinário”, elogia a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, considerando ser crucial caminhar no sentido de fazer com que “cada vez mais empresas e organizações, dos mais variados setores de atividade, falem sobre os temas ligados à Diversidade e à Igualdade de Direitos e de Oportunidades para todos e todas”.
A forte adesão das empresas e das organizações à Carta Portuguesa para a Diversidade tem sido uma "surpresa fantástica" para Catarina Marcelino, não deixando de salientar que o grande desafio para as organizações envolvidas ultrapassa, em muito, a assinatura de “um papel a dizer que se comprometem". O objetivo fulcral terá que passar por ”promover internamente esta declaração, este trabalho”.
“Todos ganham com a Diversidade”
“A diversidade entre os recursos Humanos das empresas é um fator potenciador de diferentes visões e perspetivas, enriquecendo assim a capacidade dos negócios”, observa Catarina Marcelino. “Todos ganham com a Diversidade” e é fulcral saber utilizar este Poder: “Há um grande desafio aqui e estou desejosa por ver os resultados!”.
Selo da Diversidade – “instrumento de recolha de todo um conjunto de boas práticas”
A Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência realçou que a adesão de mais 18 signatários à Carta vem comprovar “o trabalho de sensibilização que tem sido feito junto das organizações e empresas dos vários setores de atividade”. Ana Sofia Antunes deixou ainda um elogio ao desenvolvimento do Selo da Diversidade, adiantando ser este “um instrumento de recolha de todo um conjunto de boas práticas nesta matéria muito interessante”.
“A Arte de valorizar as nossas similaridades e diferenças” em debate
Nesta sessão intervieram ainda Graça Cordeiro, em representação do Reitor do ISCTE-IUL, Luís Antero Reto, Gonçalo Carvalheiro, do Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE), Cristina Milagre, do ACM, que apresentou o Selo da Diversidade, Solat Chaudhry, da National Center for Diversity, Investors in Diversity, Reino Unido, João Tavares, da EDP, e Isabelle Pujol, da Pluribus Europa, França, numa intervenção centrada na “Arte de respeitar, valorizar e otimizar as nossas similaridades e diferenças”.