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Integração de Refugiados - Formação técnica para tradutores e intérpretes termina com "balanço positivo"

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Integração de Refugiados - Formação técnica para tradutores e intérpretes termina com "balanço positivo"
O segundo curso de formação técnica para tradutores e intérpretes, que decorreu dias 21 e 22 de novembro, no Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM) de Lisboa, terminou esta quarta-feira, com um “balanço muito positivo”.
Considerado pelas formadoras, Susan Donovan e Tanja Milanovic, especialistas do International Rescue Committee, e pelos 15 participantes como “uma boa prática” para o processo de  integração de migrantes e refugiados, esta formação permitiu a transmissão de “ferramentas essenciais a todos os que trabalham, ou pretendem trabalhar, como intérpretes e tradutores".
Para qualquer profissional desta área, “é da maior importância este conhecimento de técnicas especiais de memória e de vocabulário”, bem como a “melhor forma de manter os limites profissionais neste processo”, explica Susan Donovan. “Ter um intérprete competente é a melhor forma de dar voz a quem desconhece uma língua, nomeadamente aos refugiados, e essa competência só é possível através de uma formação especializada e contínua”, considera. Na mesma linha, Tanja Milanovic adianta que “sem uma interpretação competente muito se perde, perde-se a comunicação mas também a energia que implica todo o processo de tradução. Ao dar esta formação, sentimos que fazemos um trabalho com significado, algo realmente útil ao nível da integração de quem desconhece uma língua e um país”.
“(...)uma boa integração depende muito da forma como o intérprete lida com as famílias refugiadas”
Para os formandos, esta iniciativa foi uma mais-valia: “todos nós, que trabalhamos nesta área, precisamos de técnicas e ferramentas para lidar com situações de crise, em que é fulcral a presença de um intérprete para que se estabeleça a comunicação, que muitas vezes, é urgente”, considera Ghalia Taki, uma das formandas deste curso. Para esta refugiada síria, que vive há 3 anos em Portugal, já com uma vida familiar e profissional estável, “uma boa integração depende muito da forma como o intérprete lida com as famílias refugiadas”.
Todo o trabalho que faz como secretária técnica e tradutora no Serviço Jesuíta aos Refugiados é “muito gratificante” e, para já, os seus objetivos passam por um maior conhecimento e aprendizagem. "Vivi em África durante 13 anos e quando cheguei a este país senti-me muito bem. Todos aqui fazem-me esquecer que sou refugiada e que vivo num país que não o meu. Sinto-me em casa!".
“Foi muito útil este curso, sobretudo para mim que ainda desconhecia algumas técnicas essenciais para se ser um bom interprete”, adianta Oussama Alhusein, estudante sírio, que veio para Portugal no âmbito de um Programa de Recolocação. Este jovem de 27 anos pretende continuar “o mais tempo possível” no país para poder terminar os estudos, tornar-se um bom profissional e ganhar a sua independência.
A portuguesa Ana Luís viveu 8 anos fora do país e agora, que está de volta “para ficar”, refere que esta ação "foi muito valiosa" para o percurso profissional que pretende fazer: “Falo quatro línguas - português, inglês, francês e alemão - e inscrevi-me nesta formação porque tenho bastante interesse em trabalhar nesta área (…) não sabia distinguir um tradutor de um intérprete, sobretudo neste contexto de apoio a migrantes e refugiados.  Aqui consegui aprender muito”, revela. Licenciada em Sociologia, Ana espera poder, em breve, dar o seu contributo nesta área.
Destinada a profissionais, ou não, incluindo pessoas refugiadas, com o objetivo de aperfeiçoar a comunicação e a mediação, esta ação contou com o apoio do Departamento de Estado norte-americano e da Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal.

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