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"E se fosse eu a fazer a mochila e partir" – Campanha de sensibilização mobiliza 600 escolas para a causa dos Refugiados

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"E se fosse eu a fazer a mochila e partir" – Campanha de sensibilização mobiliza 600 escolas para a causa dos Refugiados
Sensibilizar as crianças e jovens para as dificuldades que os refugiados enfrentam ao fugir da guerra, em busca de proteção humanitária, é o objetivo central da campanha "E se fosse eu? Fazer a mochila e partir", lançada no dia 6 de abril, nas escolas básicas e secundárias do país.
Esta iniciativa, da responsabilidade da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), em colaboração com o ACM, Direção-Geral da Educação (DGE) e Conselho Nacional de Juventude (CNJ), mobilizou cerca de 600 escolas e marcou o dia dos alunos que, respondendo ao desafio de se colocarem na "pele" de um refugiado, levaram para a escola a sua mochila, em formato físico ou em papel, com os bens que levariam se tivessem que fugir de um país em guerra, partilhando depois as razões da sua escolha.
A EB do Vale Rosal, na Charneca da Caparica, pertencente ao agrupamento de Escolas Daniel Sampaio, recebeu, logo pela manhã, o Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, o Ministro da Educação, Tiago Brandão, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, e o coordenador da PAR, Rui Marques, que visitaram as várias salas de aula para "espreitar" o que tinham os alunos nas suas mochilas.
A reforçar a campanha, todas as escolas exibiram um vídeo, mostrando o pouco que os refugiados transportam consigo.
 
"Os outros são como nós e quando aqui chegam passam a fazer também parte de nós"
 
Artigos de higiene, medicamentos, telemóveis, alguma roupa e sapatos, enlatados, como as "latinhas" de atum e salsichas, e os "reconfortantes" peluches, foram alguns dos bens escolhidos pelas crianças.
"Este é um exercício essencial, que todos devemos fazer. Pormo-nos na pele dos outros (…) os outros são como nós e quando aqui chegam passam a fazer também parte de nós”, afirmou o Ministro da Educação, dirigindo-se às crianças. "Estamos orgulhosos de todos vós que aceitaram o desafio de refletir na situação vivida pelos refugiados, pensar como eles, perder o medo e recebê-los com um sorriso de quem diz: "esta é a vossa casa"", acrescentou Tiago Brandão.
O Ministro da Educação preparou tembém ele, para esta ação, a sua mochila: "(...) telemóvel, um livro para ler, outro para escrever, o passaporte, a chave de casa, com o sonho de um dia poder regressar, um pequeno rádio a pilhas, para ouvir as notícias, e um objeto que nos reconforte nos momentos difíceis (...)".
 
Em defesa da "riqueza de uma Europa sem fronteiras"
 
"Somos um país que lidera, em contexto europeu, na intervenção ao nível do  acolhimento de refugiados", sublinhou, desde logo, o Ministro Adjunto, realçando o valor da solidariedade entre todos, bem como "a riqueza de uma Europa sem fronteiras, que não pode ser destruída".
"Resumir a vida toda a uma mochila, deixando tudo o resto para trás e pensar: se fossemos nós, como seria? o que faríamos?". É este, nas palavras do coordenador da PAR, o apelo central desta campanha de sensibilização "(…) Pensar na sorte que temos em viver num país sem paz e na nossa responsabilidade de acolher quem não a tem”, frisou ainda Rui Marques, num momento em que existem 300 mil novos refugiados na Europa "que não sabem o futuro que vão ter e que precisam de ser acolhidos. Todos nós temos aqui uma grande responsabilidade, a de prosseguir com a nossa cultura de acolhimento e integração".
 
Presidente da República associa-se à campanha
 
Associando-se a esta iniciativa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve, na tarde desta quarta-feira, na apresentação da campanha na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa.
O Presidente desafiou os alunos presentes a sensibilizarem os familiares e amigos para o acolhimento dos refugiados. No final da visita, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se também com os representantes das diferentes instituições que se disponibilizaram para acolher os refugiados, exultou o trabalho efetuado e apelou à sua continuidade e ao envolvimento de toda a sociedade.
 
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