ACM e DGRSP - parceiros na capacitação de profissionais para a interculturalidade
O ACM e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) assinaram, no dia 19 de julho, um Protocolo de Colaboração interinstitucional com o objetivo de reforçar conhecimentos e competências nas principais áreas temáticas ligadas à interculturalidade e discriminação. A cerimónia de assinatura, realizada no Salão Nobre do Ministério da Justiça, em Lisboa, contou com as presenças da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, e da Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro.
Este Protocolo, assinado na ocasião pelo Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, e pelo Diretor-Geral, Procurador-Geral Adjunto da DGRSP, Celso Neves Manata, visa capacitar os recursos humanos da DGRSP ligados às áreas da Reeducação e Reinserção Social, assim como o Corpo da Guarda Prisional, dotando-os de conhecimentos e “ferramentas” específicas para comunicar de forma acessível com pessoas migrantes e grupos étnicos.
O ACM irá promover, no âmbito deste Protocolo, 14 ações de formação, de norte a sul do país, abrangendo cerca de 300 participantes, onde serão trabalhados conteúdos relativos a Estereótipos, Discriminação Racial, Fenómeno Migratório e Grupos Étnicos, tendo em vista uma atuação mais qualificada e inclusiva destes profissionais junto destes públicos-alvo.
“Deposito as maiores expetativas nesta iniciativa”
A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade realçou a importância deste Protocolo “para as políticas de integração e de promoção dos direitos humanos”. “Vivemos momentos de grandes desafios, em que as migrações são uma realidade bem presente, pelo que a formação dos trabalhadores da área da Reeducação e Reinserção Social é uma aposta essencial”, referiu ainda Rosa Monteiro.
A capacitação de Recursos Humanos para a diversidade é, para Rosa Monteiro, fulcral, num país que já regista 200 nacionalidades. “Deposito as maiores expetativas nesta iniciativa”, disse ainda Rosa Monteiro, destacando o fato desta ser uma experiência já testada através de 3 ações de formação, realizadas em Lisboa, Porto e Coimbra.
Interiorizar a inclusão
Sensibilizar a sociedade e os profissionais para uma interiorização da inclusão e para a construção de uma sociedade mais global e um país com uma postura de abertura para a interculturalidade é, para a Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, um dos maiores valores trazidos por esta iniciativa, que vem ao encontro da realidade do país: “O sistema prisional apresenta um número considerável de cidadãos/ãs de várias nacionalidades, exigindo por isso uma maior preparação dos profissionais da área”, salientou Helena Mesquita Ribeiro.
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