Portugal é o país da UE com menores taxas de violência e vitimização motivadas pelo racismo
O novo relatório da FRA (Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia) – “Being Black in the EU” , que envolveu 5.803 imigrantes e descendentes de imigrantes de descendência africana, em 12 Estados Membros da UE, apresenta dados globalmente positivos sobre Portugal, particularmente, ao nível da reduzida taxa de violência e vitimização motivadas pelo racismo e da integração no mercado de trabalho.
No domínio laboral, Portugal merece igual destaque, sendo o Estado Membro que apresenta a taxa de trabalho com rendimentos mais elevados (76%) e em que mais mulheres estão inseridas no mercado de trabalho (65%). Portugal é, aliás, o único país incluído neste inquérito que demonstra uma taxa de trabalho remunerado mais elevada que a taxa de emprego para a população geral.
Neste estudo, Portugal revela-se também como o país da UE onde os não-nacionais demonstram uma elevada taxa de emprego remunerado (77% face à média de 63% dos restantes países).
Dos resultados que sugerem a necessidade de reforço do trabalho em desenvolvimento, prendem-se com o número de jovens que não estão nem a trabalhar nem a estudar ou em formação (23%) – a título comparativo, na Áustria esta percentagem sobe para 76%. 21% dos inquiridos em Portugal revelaram ainda alguns problemas ao nível da habitação.
Este relatório da FRA baseou-se na análise das respostas de 5.803 imigrantes africanos e seus descendentes, em 12 Estados Membros da UE (Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Portugal, Reino Unido e Suécia), e surge na sequência do estudo EU-MIDIS II promovido pela mesma Agência que entrevistou 25.515 pessoas de diferentes minorias étnicas e imigrantes em todos os 28 Estados Membros da União Europeia.