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Promoção da diversidade cultural premiada

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Promoção da diversidade cultural premiada

O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e a Direção Geral de Educação (DGE) promoveram hoje, a cerimónia de entrega do Selo Escola Intercultural (SEI), no Centro Ismaili, em Lisboa. Nesta 3ª edição da iniciativa, foram distinguidas 24 escolas que se destacaram pelo papel interventivo na promoção da diversidade cultural e linguística.

Ao todo, candidataram-se 36 escolas de todo o país e foram selecionadas 24, sendo 8 distinguidas no nível Intermédio e 16 premiadas no nível de Iniciação. A ocasião contou com as presenças dos representantes de alguns dos estabelecimentos de educação honrados pelas boas práticas em matéria de interculturalidade, os quais receberam em mãos um certificado e a distinção conferida num selo digital.

A partir deste momento, e durante 2 anos letivos consecutivos, este distintivo selo irá constar de todos os documentos das escolas que o receberam, as quais terão agora a missão de fazer valer a atribuição: “Esta certificação foi muito bem pensada pelos membros do júri, pelo que todas estas escolas vão ter agora a responsabilidade de honrar este distintivo selo para poderem também inspirar outras escolas”, salientou a subdiretora-geral de Educação, Eulália Alexandre, que marcou presença na cerimónia e entregou também alguns dos certificados.

A prestigiar a ocasião esteve o Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, acompanhado do Chefe de Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do desenvolvimento Regional, Jorge Silva Martins, do representante do Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Pedro Cunha, do Presidente do Conselho Nacional da Fundação Aga Kan – Portugal, Sikander Jamal, e ainda do Presidente do Conselho Nacional a Comunidade Ismaili, Amirali Bhanji.

Criada em 2011, esta é uma iniciativa conjunta do ACM e da DGE, em estreita colaboração com a Fundação Aga Kahn – Portugal, com o intuito de distinguir e reconhecer publicamente os estabelecimentos de educação e ensino públicos, particulares ou cooperativos, que através dos seus projetos educativos e das suas práticas, promovem ativamente o reconhecimento e a valorização das diversidades linguística e cultural, como uma oportunidade e fonte de aprendizagem.


“Vivemos o tempo das migrações”

O Alto-comissário fez questão de destacar o peso crescente dos jovens alunos imigrantes nas escolas portuguesas: “vivemos o tempo das migrações e estamos aqui para preparar um futuro que já chegou. Este é um bom exemplo de boas práticas de interculturalidade, mas há que reforçar ainda mais a capacidade de trabalhar em conjunto com as diferenças”.
Pedro Calado realçou ainda a importância de caminhar no sentido de insistir numa nova  competência da “literacia intercultural”, assumindo aqui as escolas um papel preponderante.
A “experiência do encontro com o outro” e o “respeito pelas outras culturas” foram aspetos realçados pelo representante do Ministro Adjunto do Ministro Adjunto do Desenvolvimento Regional. “Esta iniciativa promove uma aprendizagem que nos prepara para uma visão mais aberta do mundo e que poderá inspirar outras escolas”, acrescentou o responsável.


O “reconhecimento da diversidade cultural”

O presidente do Conselho Nacional da Comunidade Ismaili realçou a ação valiosa de todas as práticas que lutem pela “consciência social para a diversidade cultural”.   “As sociedades plurais são o produto de uma educação inspirada no reconhecimento da diversidade. Nesta 3ª edição do SEI, as escolas candidatas procuraram, cada uma à sua maneira, trabalhar ativamente nesse domínio”, afirma Amirali Bhanji.

O representante do Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário não deixou de elogiar o “rigor e sustentabilidade” que a Fundação Aga Khan tem oferecido à prossecução desta iniciativa. Pedro Cunha destaca ainda a necessidade premente de lutar por um futuro que aceite as diferenças: “temos que fugir dos preconceitos” e dos “julgamentos sobre as comunidades religiosas e étnicas”.

Na mesma linha, continua Sikander Jamal: “Esta é uma forma de superar preconceitos e mentalidades, potenciando a consciência social, o acolhimento e o sentido de pertença. Sente-se aqui que as escolas caminham para o respeito entre todos!”, Congratula o responsável pela Aga Khan.


Combate à “aliteracia multicultural”

O professor Coordenador da Escola Superior de Educação de Setúbal (ESSE), Luís Souta, marcou presença com uma intervenção apelativa a uma maior formação para a “descoberta do outro, para a aceitação das diferenças” como forma de combater a “aliteracia multicultural” , ainda muito enraizada na nossa sociedade.

Em jeito de celebração da multiculturalidade, a cerimónia incluiu ainda duas apresentações musicais, uma da Escola de Música de Orfeão de Leiria, e outra de uma Dupla de música tradicional georgiana.


Escolas distinguidas
Nível Intermédio

 

  • Escola Básica Carregado
  • Jardim Escola João de Deus
  • Externato Jardim Infantil da Torraltinha
  • Escola Profissional de Aveiro
  • Escola Básica de Ferreira de Castro
  • Escola Secundária de Monserrate
  • Escola Básica de Paredes
  • Escola de Música Orfeão de Leiria



16 Nível Iniciação
 

  • Escola Secundário António Sérgio
  • Escola Secundária Frei Rosa Viterbo
  • Escola Básica Dr. Francisco Sanches
  • Escola Secundária da Amora
  • Academia de Música de Lagos
  • Escola Básica e Secundária Dr. José Leite de Vasconcelos
  • Real Colégio de Portugal
  • Escola Básica e Secundária D. Afonso III
  • Escola Básica e Secundária de Santo António
  • Escola Profissional da Fundação D. Mariana Seixas
  • Agrupamento de Escola Rodrigues de Freitas - Porto
  • Colégio Luso-Internacional de Braga
  • Escola Básica de Monte da Caparica
  • St. Peters’s School
  • Escola Secundária de Póvoa de Lanhoso
  • Grande Colégio “Universal”



ESCOLAS
O período de candidaturas decorreu entre os meses de novembro e janeiro, tendo o processo de análise e avaliação acontecido no decorrer do mês de fevereiro. O processo inclui o preenchimento, por parte das escolas candidatas ao SEI, de um Guião de Avaliação de Práticas de Educação Intercultura, o qual pretende ser uma lista de verificação e um instrumento formativo de promoção da educação, pois contempla alguns desafios aos concorrentes, abrindo-lhes um caminho para novas perspetivas e abordagens face à diversidade cultural, para um olhar mais crítico da intervenção em contexto multicultural.

O júri foi constituído por dois representantes de cada uma das instituições envolvidas nomeadamente, DGE, ACM e FAK Portugal.




COMUNIDADE MUÇULMANA ISMAILI
A Comunidade Muçulmana Ismaili instalou-se em Portugal em 1974 e hoje assume um papel preponderante na sociedade. Trata-se de uma comunidade bem Integrada na sociedade, contribuindo para o seu desenvolvimento.

Em Maio de 2008, o Estado Português assinou um acordo com o Imamat Ismaili, reconhecendo personalidade jurídica à Comunidade Ismaili, a qual não possuía, até então, formalmente, uma autoridade religiosa local ou nacional própria e autónoma em cada país. Este acordo foi, posteriormente aprovado pela Assembleia da República em Junho de 2010.


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